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BLACKBIRD

de David Harrower

Um trabalho realizado a partir do encontro de três artistas criadores – Alexandre Tenório, diretor;  Cristina Cavalcanti e Nelson Baskerville, atores. Além de cumprirem  estas funções, os três colaboraram efetivamente na concepção do espetáculo, criando conjuntamente o cenário, os figurinos e a luz, sendo esta particularmente incomum, já que não se utiliza  de nenhum equipamento de teatro. Isto caracteriza BLACKBIRD  como um evento único, pois aglutina o olhar dos artistas envolvidos,  resultando em um reflexo direto de suas percepções sobre o próprio texto  de David Harrower.  

O espetáculo retrata os 70 minutos explosivos do encontro entre um  homem, Ray, e uma mulher, Una. A última vez que eles se viram foi há vinte anos. Ele foi preso, acusado de pedofilia e desde então os  dois tentam se reerguer, em vão. Agora ela vai à sua procura, não em  busca de vingança, mas na tentativa de resgatar e compreender esse  passado obscuro. ”Blackbird”, que deu ao aclamado autor escocês  David Harrower o prêmio Olivier, mostra como as atitudes do passado afetam o presente de forma irreversível, e questiona tudo o que  sabemos sobre amor, culpa e moral. 

A encenação se passa numa sala usada como refeitório pelos  funcionários de uma empresa. Abarrotada de lixo e sujeira, ela  simboliza a vida destes dois personagens. A luz é fria, o ambiente  inóspito, claustrofóbico. Ali eles terão de se enfrentar, olhos nos  olhos. Não há refugio. E o público participa deste encontro como se  estivesse dentro da sala. 

Todos os elementos, a luz, o cenário, os objetos, compõe o espaço no  qual aquelas personagens estão inseridas quase realisticamente. Na  verdade, assim como na interpretação, não há nada que não carregue  algum significado. O resultado é quase cinematográfico, e quem  comanda a cena são os atores, através de uma direção precisa, na  qual cada palavra, cada gesto, segue uma partitura. 

O texto de Harrower é perfeito para isso, já que parece uma música.  (Lembremos que ele é o tradutor do norueguês Jon Fosse para o  inglês). As frases nunca se completam, o fluxo do pensamento é  constantemente interrompido pelo outro ou por si mesmo. A idéia  inserida na frase deve ser subentendida, e por vezes o raciocínio irá  se completar páginas – ou minutos – depois.  

Uma montanha russa de sentimentos e emoções, deixando o espectador em dúvida sobre quem é o vilão ou a vítima. Não há  resposta. Fica aberto o debate. Só há uma certeza, a de que o tempo passa e não há como voltar atrás. 

blackbird_cristina_cavalcanti_nelson_baskerville

Estreou em São Paulo no espaço dos Parlapatões, cumprindo em seguida, uma temporada Viga Espaço Cênico e depois no Teatro dos Sátyros 1.  

***Veja São Paulo - “As 10 Melhores Peças”. 

FOLHA DE SÃO PAULO - “Os Cinco Eleitos”. Melhores programas da cidade.

 

ESTADO DE SÃO PAULO - Destaque 

“Os atores Nelson Baskerville e Cristina Cavalcanti travam um duelo vigoroso ao  protagonizar uma perturbadora história que trata de amor, culpa e moral.”...“Eis  um exemplo de como abordar um tema delicado e pesadíssimo em montagem  que prende a plateia pela tensão criada em cena.” 

Dirceu Alves Jr – Revista Veja 

 

“Cristina Cavalcanti e Nelson Basckeville estão ótimos como o casal que se reencontra.” 

Thales de Menezes – Revista da Folha 

 

 

“Impossível desviar a atenção do flamejante jogo de atores”...“personagens,  magistralmente interpretadas por Cristina Cavalcanti e Nelson  Baskerville”...“potência explosiva”...“vigorosa direção de Alexandre Tenório”  ...“dinâmica pulsante, capaz de se infiltrar no espectador.” 

Michel Fernandes - Aplauso Brasil – IG 

FICHA TÉCNICA

texto de David Harrower

direção e tradução Alexandre Tenório

elenco Cristina Cavalcanti

          Nelson Baskerville

cenografia e iluminação Alexandre Tenório e Nelson Baskerville

figurinos Cristina Cavalcanti

design gráfico Jiboia Estúdio

assessoria de imprensa Arteplural

produção e realização Visceral Companhia

GALERIA

Fotos de Joana Mattei e Lenise Pinheiro.

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